ACONTECIMENTOS,
Dr. César das Neves na Ultreia em Missão... no ultimo dia do Mês da Missão
Dr. César das Neves na Ultreia em Missão... no ultimo dia do Mês da Missão
31-10-2018 Igreja da Ressurreição em Cascais.
O Professor César das Neves é convidado não a dar rollo, mas a fazer uma reflexão em voz alta sobre a missão, foi um desafio do Papa Francisco, que apesar de o mês de Outubro ser o ,justamente o mês da Missões, que nos apegássemos à missionação, que será o grande mote para próximo ano. Para o MCC a «Missão» é tambem o grande tema de Estudo.
César das Neves lembro que Outubro 2019 será o mês Missionário extraordinário.
César das Neves começa por lembrar que todos os Papas desde 1740 no inicio do seu Papado apresentam «o seu programa» , com Francisco não foi diferente, o documento que marca o inicio do seu Papado é a «Alegria do Evangelho», nele Francisco traça os seus desígnios para os próximos anos, uma Igreja em Saída, Missionaria, esta exortação apostólica, vem na linha de Bento XVI.
Foram muitos os Papas que se dedicaram ao tema da Missão, Bento XV,Paulo VI em 8-12-1975, João Paulo II em 1990,Francisco também no Capitulo IV no nº 199 fala da Missão:
199. O nosso compromisso não consiste exclusivamente
em acções ou em programas de
promoção e assistência; aquilo que o Espírito
põe em movimento não é um excesso de activismo,
mas primariamente uma atenção prestada
ao outro «considerando-o como um só consigo
mesmo».166 Esta atenção amiga é o início duma
verdadeira preocupação pela sua pessoa e, a
partir dela, desejo procurar efectivamente o seu bem. Isto implica apreciar o pobre na sua bondade
própria, com o seu modo de ser, com a sua
cultura, com a sua forma de viver a fé. O amor
autêntico é sempre contemplativo, permitindo-
-nos servir o outro não por necessidade ou vaidade,
mas porque ele é belo, independentemente da
sua aparência: «Do amor, pelo qual uma pessoa
é agradável a outra, depende que lhe dê algo de
graça».167 Quando amado, o pobre «é estimado
como de alto valor»,168 e isto diferencia a autêntica
opção pelos pobres de qualquer ideologia, de
qualquer tentativa de utilizar os pobres ao serviço
de interesses pessoais ou políticos. Unicamente
a partir desta proximidade real e cordial é que
podemos acompanhá-los adequadamente no seu
caminho de libertação. Só isto tornará possível
que «os pobres se sintam, em cada comunidade
cristã, como “em casa”. Não seria, este estilo, a
maior e mais eficaz apresentação da boa nova do
Reino?»169 Sem a opção preferencial pelos pobres,
«o anúncio do Evangelho – e este anúncio
é a primeira caridade – corre o risco de não ser
compreendido ou de afogar-se naquele mar de
palavras que a actual sociedade da comunicação
diariamente nos apresenta».
Flashes proferidos pelo Dr, César das Neves :
« O anúncio do Evangelho é a 1 ª caridade »
« A caridade está por detrás de toda a criação»
« Amamos o próximo como amamos a Deus»
« Amamos o próximo não como Ele é , mas como Deus o vê»
Evangelização é resultante da Caridade vide em Alegria do Evangelho :
177. O querigma possui um conteúdo inevitavelmente
social: no próprio coração do Evangelho,
aparece a vida comunitária e o compromisso com os
outros. O conteúdo do primeiro anúncio tem uma
repercussão moral imediata, cujo centro é a caridade.
179. Este laço indissolúvel entre a recepção do
anúncio salvífico e um efectivo amor fraterno
exprime-se nalguns textos da Escritura, que convém
considerar e meditar atentamente para tirar
deles todas as consequências. É uma mensagem a
que frequentemente nos habituamos e repetimos
quase mecanicamente, mas sem nos assegurarmos
de que tenha real incidência na nossa vida
e nas nossas comunidades. Como é perigoso e
prejudicial este habituar-se que nos leva a perder
a maravilha, a fascinação, o entusiasmo de viver
o Evangelho da fraternidade e da justiça! A Palavra
de Deus ensina que, no irmão, está o prolongamento
permanente da Encarnação para cada
um de nós: «Sempre que fizestes isto a um destes
meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o
fizestes» (Mt 25, 40). O que fizermos aos outros,
tem uma dimensão transcendente: «Com a medida
com que medirdes, assim sereis medidos» (Mt
7, 2); e corresponde à misericórdia divina para
connosco: «Sede misericordiosos como o vosso
Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis
julgados; não condeneis, e não sereis condenados;
perdoai, e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á
dado (...). A medida que usardes com os outros
será usada convosco» (Lc 6, 36-38). Nestes tex-
142
tos, exprime-se a absoluta prioridade da «saída
de si próprio para o irmão», como um dos dois
mandamentos principais que fundamentam toda
a norma moral e como o sinal mais claro para
discernir sobre o caminho de crescimento espiritual
em resposta à doação absolutamente gratuita
de Deus. Por isso mesmo, «também o serviço da
caridade é uma dimensão constitutiva da missão
da Igreja e expressão irrenunciável da sua própria
essência».144 Assim como a Igreja é missionária
por natureza, também brota inevitavelmente
dessa natureza a caridade efectiva para com o
próximo, a compaixão que compreende, assiste e
promove.
181. O Reino, que se antecipa e cresce entre
nós, abrange tudo, como nos recorda aquele
princípio de discernimento que Paulo VI propunha
a propósito do verdadeiro desenvolvimento:
«Todos os homens e o homem todo».145 Sabemos
que «a evangelização não seria completa, se
ela não tomasse em consideração a interpelação
recíproca que se fazem constantemente o Evangelho
e a vida concreta, pessoal e social, dos homens».146
É o critério da universalidade, próprio
da dinâmica do Evangelho, dado que o Pai quer
que todos os homens se salvem; e o seu plano
de salvação consiste em «submeter tudo a Cristo,
reunindo n’Ele o que há no céu e na terra» (Ef 1,
10). O mandato é: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai
o Evangelho a toda criatura» (Mc 16, 15),
porque toda «a criação se encontra em expectativa
ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de , 144
Deus» (Rm 8, 19). Toda a criação significa também
todos os aspectos da vida humana, de tal
modo que «a missão do anúncio da Boa Nova de
Jesus Cristo tem destinação universal. Seu mandato
de caridade alcança todas as dimensões da
existência, todas as pessoas, todos os ambientes
da convivência e todos os povos. Nada do humano
pode lhe parecer estranho».147 A verdadeira
esperança cristã, que procura o Reino escatológico,
gera sempre história.
262. Evangelizadores com espírito quer dizer
evangelizadores que rezam e trabalham. Do
ponto de vista da evangelização, não servem as
propostas místicas desprovidas de um vigoroso
compromisso social e missionário, nem os
discursos e acções sociais e pastorais sem uma
espiritualidade que transforme o coração. Estas
propostas parciais e desagregadoras alcançam só
197
pequenos grupos e não têm força de ampla penetração,
porque mutilam o Evangelho. É preciso
cultivar sempre um espaço interior que dê
sentido cristão ao compromisso e à actividade.205
Sem momentos prolongados de adoração, de encontro
orante com a Palavra, de diálogo sincero
com o Senhor, as tarefas facilmente se esvaziam
de significado, quebrantamo-nos com o cansaço
e as dificuldades, e o ardor apaga-se. A Igreja não
pode dispensar o pulmão da oração, e alegra-me
imenso que se multipliquem, em todas as instituições
eclesiais, os grupos de oração, de intercessão,
de leitura orante da Palavra, as adorações
perpétuas da Eucaristia. Ao mesmo tempo, «há
que rejeitar a tentação duma espiritualidade intimista
e individualista, que dificilmente se coaduna
com as exigências da caridade, com a lógica da
encarnação».206 Há o risco de que alguns momentos
de oração se tornem uma desculpa para evitar
de dedicar a vida à missão, porque a privatização
do estilo de vida pode levar os cristãos a refugiarem-se
nalguma falsa espiritualidade.
OS 4 PASSOS PARA A MISSÃO
- alguém que nos Indica - «Eis o Cordeiro de Deus»
- Encontro « Nasce por uma procura»
- Busca
- Ver -« Vinde Ver»
A felicidade em Evangelizar!
272. O amor às pessoas é uma força espiritual
que favorece o encontro em plenitude com Deus,
a ponto de se dizer, de quem não ama o irmão,
que «está nas trevas e nas trevas caminha» (1 Jo
2, 11), «permanece na morte» (1 Jo 3, 14) e «não
chegou a conhecer a Deus» (1 Jo 4, 8). Bento XVI
disse que «fechar os olhos diante do próximo
torna cegos também diante de Deus»,209 e que o
amor é fundamentalmente a única luz que «ilumina
incessantemente um mundo às escuras e nos
dá a coragem de viver e agir».210 Portanto, quando
vivemos a mística de nos aproximar dos outros
com a intenção de procurar o seu bem, ampliamos
o nosso interior para receber os mais belos
dons do Senhor. Cada vez que nos encontramos
com um ser humano no amor, ficamos capazes
de descobrir algo de novo sobre Deus. Cada vez
que os nossos olhos se abrem para reconhecer
o outro, ilumina-se mais a nossa fé para reconhecer
a Deus. Em consequência disto, se queremos
crescer na vida espiritual, não podemos
renunciar a ser missionários. A tarefa da evangelização
enriquece a mente e o coração, abre-nos .
206
horizontes espirituais, torna-nos mais sensíveis
para reconhecer a acção do Espírito, faz-nos sair
dos nossos esquemas espirituais limitados. Ao
mesmo tempo, um missionário plenamente devotado
ao seu trabalho experimenta o prazer de
ser um manancial que transborda e refresca os
outros. Só pode ser missionário quem se sente
bem, procurando o bem do próximo, desejando a
felicidade dos outros. Esta abertura do coração é
fonte de felicidade, porque «a felicidade está mais
em dar do que em receber» (Act 20, 35). Não se
vive melhor fugindo dos outros, escondendo-se,
negando-se a partilhar, resistindo a dar, fechando-se
na comodidade. Isto não é senão um lento
suicídio.
Concluiu dizendo que fazemos a Missão por Ele!
nota:
Foi muito enriquecedora esta Ultreia aberta, aprendi muito sobre o dever e devir da Missão. Cabe a todos, é de todas essa responsabilidade. É um processo sem fim, mas tem de comportar compromisso, testemunho, lealdade, humildade, tudo por Ele.
disse
sergio neves
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