MOVIMENTOS
MCC - Movimento Cursilhos de Cristandade
FUNDADOR : EDUARDO BONIN
O fundador do Movimento dos Cursilhos de Cristandade Eduardo Bonin faleceu em 2008, decorre processo no Vaticano de Beatificação.
Historia do Movimento (1)
MCC - Movimento Cursilhos de Cristandade
FUNDADOR : EDUARDO BONIN
O fundador do Movimento dos Cursilhos de Cristandade Eduardo Bonin faleceu em 2008, decorre processo no Vaticano de Beatificação.
Historia do Movimento (1)
Fruto da acção de Deus e da decisão dos homens, os Cursilhos de Cristandade são um Movimento Laical, desde as origens fiel ao testemunho de uma comunhão firme e convicta em filial relação com o Papa e com o Bispo diocesano.
Nasceram em 1944, na espanhola Ilha mediterrânea de Palma de Maiorca e, graças aos frutos surpreendentemente conseguidos e entusiasticamente divulgados, cedo começou a ser exigida a sua realização, primeiro na América Latina, para logo depois se implantar “com carta de cidadania” na maioria das dioceses da Igreja de Cristo.
Os Cursilhos de Cristandade têm por objectivo, através dum método próprio, proporcionar a vivência e a convivência do fundamental cristão, numa acção intra-mundana, ou seja, através de pessoas pré-seleccionadas pela sua influência humana nos ambientes da vida, divulgar, consciencializar e testemunhar pelo Evangelho, os valores e a presença de Jesus Cristo nas estruturas temporais.
As suas três fases: Pré-Cursilho, Cursilho e Pós-Cursilho, subentendem uma disposição radiosa de evangelização de si para Deus e de si para o irmão que vive e trabalha a seu lado, na família, na profissão, na política, nos vários ambientes sociais.
A história do nascimento dos Cursilhos de Cristandade começa com o fim da Guerra Civil de Espanha, que durou de 1936 a 1939, deixando a economia do país completamente arruinada, e o povo a chorar os seus cerca de um milhão e duzentos mil mortos.
Como lhe competia, logo que a Guerra terminou, a Igreja reiniciou o esforço de pacificação e de recuperação social e, para isso, sabia que mobilizando a juventude o poderia fazer com mais entusiasmo e eficácia.
E, a partir da Juventude da Acção Católica, foi pensada uma Peregrinação Nacional a Santiago de Compostela, idealizando-se uns cursos, com a duração de uma semana completa, como preparação para a fé consciente e entusiasta compatível com o espírito da peregrinação. Começava com um retiro espiritual apoiado nalguns passos dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola e, depois, para além da meditação matinal diária, o programa repartia-se por cinco lições sobre a Graça desenvolvidas por um sacerdote, por numerosos temas que incluíam o tripé da Piedade, Estudo e Acção, e outros referentes à Acção Católica e à organização da peregrinação. Exceptuando o retiro, o resto do programa envolvia-se naturalmente num ambiente de comunicação sobre os temas ouvidos, intercalados por cânticos colectivos não só piedosos como também folclóricos.
Ao segundo curso convidaram a participar um jovem militar de 29 anos, Eduardo Bonnin, de Palma de Maiorca, educado num ambiente de fé católica, que sobressaía pelo seu bom humor, por andar sempre com um livro debaixo do braço e com grande capacidade de diálogo e cultura elevada. Bonnin logo de apercebeu que se estava perante um método extraordinário de espiritualidade, um elemento óptimo para a conversão da juventude de Palma de Maiorca.
O jovem Bonnín vivendo intensamente o curso, foi-se apercebendo de que, aperfeiçoando o programa, poderia ser esta uma resposta inovadora de evangelização. E escreveu o “Estudo do Ambiente”, génese do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, que expôs em 1943, no Seminário Diocesano de Maiorca, durante a Festa da Imaculada Conceição (padronizada por uma Imagem Peregrina ida do Santuário de Fátima). No tema, Bonnin considerava que, perante uma sociedade que concedia cada vez menos espaço aos critérios evangélicos, os pastores de almas já não podiam continuar a ocupar-se só daqueles que recorriam às estruturas pastorais da Igreja, mas que seria necessário dar início a uma transformação ambiental que atingisse tudo e todos.
Ou seja, que a realidade da vida se move mais pelos ambientes do que pelas estruturas ou classes, e que, para transformar cada ambiente próprio pela Palavra de Deus, era necessário um sério estudo sobre ele, distinguindo os líderes, aqueles cujo carisma espiritual se evidenciava, independentemente da qualidade da sua fé, conquistando, em primeiro lugar, o seu coração, para depois tentar iluminar a sua inteligência e, por último, a sua vontade. E, em perfeita consonância com alguns companheiros mais credenciados, Bonnín adoptou todo o programa do curso, considerando-o já não com o objectivo da peregrinação mas para além dela, nos ambientes da vida social, profissional e política, dirigindo-o a pessoas de diferentes níveis culturais, com fé ou mesmo descrentes. Alteraram o tempo de duração para três dias e introduziu uma Via Sacra da autoria de Manuel Llanos. Quanto aos vários temas da responsabilidade dos leigos, tendo por base o “Estudo do Ambiente”, recorreram à experiência de diversos pensadores religiosos, como Romano Guardini, Karl Adam, Karl Rahner, Cardeal Cerejeira, entre outros, constituindo um programa mais conceptual e metodológico, uma pastoral de evangelização contraposta a uma pastoral predominante de conservação.
O jovem sacerdote, Sebastian Gaya, responsável pela Pastoral Universitária de Maiorca, tornou-se um entusiasta férreo do método, logo que Bonnin o expôs na “sua” Escola de Estudos Bíblicos, em 1944.
E, de 20 a 23 de Agosto de 1944, foi realizado o primeiro Cursilho de Cristandade, num “chalé” de Calla Figuera de Santanyi, em Maiorca. Constituiu um êxito estrondoso não só pelos frutos de autêntica e bem definida conversão pessoal, como de projecção evangélica nos ambientes de cada um dos participantes.
Logo após a Peregrinação a Santiago de Compostela, no Verão de 1948, e apesar do êxito extraordinário dos Cursilhos de Cristandade já realizados, todo o programa veio a ter o apoio ainda mais decisivo do novo Bispo de Maiorca, D.Juan Hervás, um dos mais jovens do episcopado espanhol, um homem de Igreja, muito activo e dinâmico, profundamente culto e que se apercebeu desde logo que estava perante um Movimento com um programa perfeitamente inovador, uma forma verdadeiramente eficaz de apostolado que, urgente, o país e depois o mundo necessitavam. Consigo, o também jovem sacerdote, D. Juan Capó, acabado de regressar da Universidade Gregoriana de Roma, onde se licenciara em Teologia com as mais altas classificações, homem que reunia esse enorme saber teológico a uma importante cultura geral, e que conseguia expressar-se verbalmente com uma lucidez espantosa, afirmando com clareza as suas convicções, e que viria ser o teólogo fundamental, nesta etapa decisiva dos Cursilhos de Cristandade.
Foi o autor do Guia do Peregrino, um pequeno manual de orações particulares e colectivas, ainda hoje impresso nas várias línguas e distribuído em todos os Cursilhos realizados no mundo.
E, se até ali os Cursilhos de Cristandade iam ficando conhecidos pelo local da sua realização, de 7 a 10 de Janeiro de 1949, no Mosteiro de San Honorato, em Maiorca, foi realizado o que ficou inscrito como o Cursilho n.º1 do mundo, o primeiro a identificar-se pelo número. Nesse ano de 1949, foram realizados 20 Cursilhos.
Depois, foi uma expansão, primeiro dentro de Espanha e, a partir 1953, pelo mundo inteiro.
A MINHA VIDA NO MOVIMENTO
CURSILHO 539 HOMENS GRANDE LISBOA
Em boa hora fui engravatado in loco pelos meus amigos Amaro Serrano, Miguel Serrano e Jorge Barradas, pois se tenho feito antes através do engravatamento paroquial se calhar hoje não teria percebido a dinâmica do movimento e seu carisma.
O Cursilho mudou definitivamente a minha relação com Sacrario e com o Crucifixo. Depois orientou-me para viver nos ambientes como Cristão, identificando-me como tal, sem receios, medos ou complexos de espécie alguma.
Perceber que o MCC vai muito para alem dos 3 dias do Cursilho, que foram brutais, mas que só têm sentido vividos no 4 º dia, que é eterno.
Hoje posso viver o movimento com a Dora, que também fez o cursilho, tenho muito gosto em participar semanalmente na Ultreia e nas reuniões de grupo, Estar nas actividades do MCC, nas caminhadas de oração, missas penitenciais, fazer intendências, estar na pré-escola e na Escola de responsáveis. 5 ª feiras sem ultreias não é nada, já não consigo passar sem estar com os meus irmãos na fé e no movimento.
Um movimento que teve a sua novidade nos anos 60 e 70. Hoje vive uma nova realidade, mais contida, perseverante, quase que na sombra, mas fiel ao carisma e ao Evangelho.
De Colores
disse
sergio neves
_________________________________________________________________________________
(1) http://diocese-aveiro.pt/mcc/?page_id=126
Sem comentários:
Enviar um comentário