Reflexão
Crise na Gestão Santuário de Fátima... falta de vergonha em tempo de Crise numa Igreja que se quer caritativa!
Não faço fretes, os assobio para o lado quando vejo a Igreja de que faço parte em processo de loucura, estupidez, insensatez, percebo que a Igreja Hierarquia despreze a Devoção Popular em torno do Mistério que é Fátima, remeto reflexão sobre o que foi Fátima para hierarquia da Igreja, para sociedade em geral,para crentes e não crentes, para leigos e estudiosos, para fatimidas, ou simples devotos Marianos , para obras como «A Senhora de Maio», «Fátima toda a verdade», «Fátima, Milagre ou Construção», «Fátima Milagre, ilusão ou fraude», «Nossa Senhora de Fátima ; o poder da Oração», «Fátima as lições de Maria», «Os milagres de Fátima», e tantos outros a favor, contra o fenómeno de Fé que é Fátima, goste-se ou não.
Aprendi a ser devoto de Fátima, remete-me para infância, para momentos de grande espiritualidade, fiz uma peregrinação a pé que me juntou á mensagem de Fatima, mais do que ao local, ao Santuário, que percebo que tenha de ter uma organização, condições de excelência para peregrinos, o acolhimento, tratando-se de um altar do mundo, recebe peregrinos de todo tenha de haver condições, materiais, fisicas, mão de obra, funcionários, mas também voluntários, devotos, amigos do santuário. É aqui que começa o problema a pretexto do centenário das aparições ,procedeu-se a uma gestão empresarial sobretudo no ano de 2016 , com a continua substituição de profissionais em lugares anteriormente ocupados por voluntários, devotos de Maria de décadas, recordo-me bem de assistir ao terço pela televisão -Canção Nova - e mesmo pela RR e o coro, organista serem fieis, leigos, claro que ao colocar profissionais estamos a criar custos, é verdade que tombem postos de trabalho, mas estamos num contexto de Igreja, que é feita para ajudar os outros,fazer da Caridade marca, acolher os desfavorecidos, ora ao estabelecer tantos cargos, tachos, privilégios, inclusive a Padres, Bispos, afastando Religiosas e Religiosos que davam e prestavam assistência no recinto, criamos um polvo, com empresas, sub contratações, um peço enorme da folha salarial, perdeu-se aquele espírito peregrino, sazonal em que se criavam postos para cobrir as grandes peregrinações anuais, direções para isto , criou-se feudos, a Igreja Hierárquica que até desprezava no global a mensagem e o santuário de Fátima, cedo percebeu que tinha aqui uma «galinha ovos d'ouro» que não é mau, desde que não se esquece-se da missão da Mensagem, fez pior apropriou-se dos espaços, o que outrora era quase gratuito para Movimentos, Grupos, agora é pago de forma leonina i.e Auditório Paulo VI, os estadia na Casa de Nossa Senhora do Carmo ou mesmo noutras que pertencia Conferencia Episcopal ou mesmo Santuário.
O Santuário foi tomado por uma lógica empresarial , espero que não se tenha perdido de vez espírito peregrino, voluntario. A Igreja Clerical tomou conta do Santuário , que na sua origem foram os leigos, povo peregrino que elevou a Santuário a tão grande devoção.
Mas já o perdeu conferir uma ordenado de pecado aos diretores dos diferentes serviços de 6 vezes ordenado mínimo ou seja Bispos, Padres, Cónegos a ganhar 3.400 € é um roubo de Igreja, isto é que o Sr.Bispo de Leiria/ Fátima devia estar contra, mais do que fazer comunidades, silencios, ou do alto da presidência proferir grandes lições de moral, uma Igreja peregrina está sempre e a qualquer hora ao lado do que sofre, num momento em que muitas paroquias como a da minha Unidade Pastoral estão a fazer, portanto mete-me repulsa, vergonha, porque a Igreja somos todos nós, ver Bispos, Padres a fazer estas figuras é miseravel, pode vir o porta-voz da conferencia episcopal dizer o que quiser , mas a vergonha porque passa a Igreja, é vexatória, os desígnios de Fátima , a sua mensagem é posta em causa.
Para alem disso compras desnecessárias, mais caras, aliado ao fim festividades do Centenário, com 350 funcionários têm agora de despedir 1/3. Portanto tornando-se assim uma empresa. Percebo que tenham baixado as receitas, mas caramba, gestão equilibrada, com recurso a voluntários, trabalho sazonal, menos custos.
Aumento de salários para reitor, vice-reitor e ecónomo para cada um dos Padres Dirigentes 3.500€
Foi com magoa que vi a noticia na TVI (1), nos jornais(2) que mais uma vez destoi a imagem da Igreja, acusada e inatividade durante a Pandemia, e que tem tido um trabalho brutal nas Paroquias para fazer fase crise social e económica de fieis e paroquianos. Andam as formiguinhas a trabalhar, e as cigarras Bispos e Padres aburguesado a encher a pança. Mas a verdadeira Igreja local anda a distribuir sopa pelos pobres, a pagar contas da Luz, Agua, Gas e outras.
Fica o comunicado do Santuário (3) ás noticias ventiladas por todos os órgãos de comunicação social, fica á consideração de cada um
Nosso Senhor iluminai os Sacerdotes!
Saudações em Cristo
Sérgio Neves
(3)
COMUNICADO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÓMICA NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA
Recentemente têm sido veiculadas diversas notícias na comunicação social relativas à situação económico-financeira do Santuário de Fátima. Sobre este assunto esclarece-se o seguinte.
1. Tal como a generalidade das instituições e empresas, também o Santuário de Fátima foi fortemente afetado pelas consequências económico-financeiras da pandemia que enfrentamos. Entre março e julho os grupos inscritos tiveram uma diminuição superior a 99%. Correspondentemente, as ofertas sofreram uma quebra superior a 77%. Não obstante as evidentes dificuldades de gestão, comuns a toda a sociedade, o Santuário assegurou os postos de trabalho dos seus trabalhadores, pagando integralmente os vencimentos de todos.
2. Nenhuma das 24 demissões que ocorreram ao longo deste ano correspondeu a extinção de postos de trabalho. Houve saídas de trabalhadores por motivos de reforma, por não renovações de contrato de trabalho a termo e 1/3 das mesmas por iniciativa do trabalhador.
3. Aos trabalhadores do Santuário foi feita uma apresentação das atuais dificuldades e foi dito que, dada a redução de atividade, o Santuário está recetivo a propostas para a realização de acordos de revogação de contrato, garantindo que aqueles que estejam mais próximos da idade de reforma possam manter o seu atual rendimento até essa data. Manifestou-se ainda disponível para concessão de licenças sem vencimento, nos casos em que isso interessasse a algum trabalhador. Estas possibilidades foram apresentadas para os casos em que alguém o solicite de forma voluntária. Nenhum trabalhador foi convidado a deixar a instituição.
4. Qualquer número que tenha sido referido em respostas anteriores aos jornalistas foi no sentido de sublinhar que não estava em curso um plano de despedimentos e que eventuais rescisões não seriam nos números que circulavam na comunicação social.
5. Qualquer decisão em relação a medidas futuras será devidamente ponderada, tendo em conta os desenvolvimentos da situação económica do Santuário e a adesão dos trabalhadores às possibilidades apresentadas. Em qualquer dos casos, serão feitos todos os esforços para encontrar soluções que não impliquem despedimentos.
6. Na gestão económico-financeira e na gestão de recursos humanos, o Santuário de Fátima não se orienta por critérios meramente económicos, mas pauta-se pelos princípios da doutrina social da Igreja e tem sempre em conta as condições sociais de cada trabalhador.
Fátima, 3 de setembro 2020
_______________________________________________________________________________
fontes utilizadas
(1)https://tviplayer.iol.pt/programa/jornal-das-8/53c6b3903004dc006243d0cf/video/5f4e94da0cf2b3ce9d34c46d
(2)https://observador.pt/2020/09/02/queda-nas-receitas-do-santuario-de-fatima-podera-levar-ao-despedimento-de-50-pessoas/
(2)https://www.publico.pt/2020/09/02/sociedade/noticia/covid19-santuario-fatima-preve-despedir-ate-50-trabalhadores-1930035
(3) https://www.fatima.pt/pt/pages/comunicado-de-imprensa---plano-de-reestruturacao
_____________________________________________________________________________