REFLEXÃO,
PAPA FRANCISCO -«No altar do Mundo desmistifica Fatimismo»
PAPA FRANCISCO -«No altar do Mundo desmistifica Fatimismo»
O Papa Francisco foi de facto peregrino, mas também falou para quem o quis ouvir. Foi duro para com todos aqueles que se centram no «endeusamento de Maria» e sobretudo pela «Religião Mariana» que parece grassar em muitos fieis devotos de Fátima, da pedinchice, das promessas, do arremessar velas e mais velas para o forno «milagroso» e pelo beatos e piedosos terços rezados diariamente porque Sim.
Francisco falou para todos inclusive para os que o queriam e quiseram ouvir. Nossa Senhora revelou-se aos simples , aos videntes, aos pastores simples, ás crianças puras de coração, para chegar aos homens de boa vontade.
Não façamos de Fátima, um mero posto de abastecimento da Religião, um premonitório, desmistificar o Fatimismo que parece grassar em muitos cristãos culturais e clero tradicionalista. Rezar o terço sim por devoção, por reparação de pecados e aplicação no dia-a-dia.
Percebo que Fátima é mais que a Igreja e a Fé popular, a forma de religiosidade de muitos peregrinos, mas estamos a falar de Nossa Senhora, aquela que pela simplicidade, se tornou a mãe de Jesus, que no seu seio foi gerado o Salvador dos Homens. Deixemo-nos de folclore, do acessório, é claro que se tem de dar conforme e concretização ás esmolas e oferendas dadas ao Santuário, mas não se devia exagerar, Fátima para alem de altar do mundo, cidade da Paz, devia também acolher doentes, os pobres. Ser a capital da caridade, da ajuda.
É verdade que uma das missões que deu aos Pastorinhos e não só era para rezarmos o Rosário todos os dias, mas também fazer o bem, olhar pelos que sofrem, pelos que ninguem reza, pelos afastados, todo isto foi o que Franciscano transmitiu, retirar Nossa Senhora acima de Deus, coloca-la na simplicidade, sem coroas, sem jóias , afinal era puro, virgem, humilde e simples.
Foi duro Francisco é verdade, mas perceba quem o quiser. Desmistifiquemos este Fatimismo Nacionalista, parece resquício do Salazarismo.
disse
sergio neves