domingo, 30 de dezembro de 2018

A Mensagem de Fátima, sem hipocrisia

  REFLEXÃO,                       


                                                A Mensagem de Fátima, sem hipocrisia

                                                             

                                         

   13 de Maio é dia Nossa Senhora de Fátima, dia que lembra mais uma aparição da Virgem Santíssima  na Cova de Iria,  aos Pastorinhos - Francisco, Jacinta e Lúcia-, aparece num contexto de extrema necessidade para o Pais devoto, ainda a «braços com um regime politico que lhe era hostil, onde ser Católico ser símbolo de antigo-regime - leia-se Monárquico-. Afonso Costa já havia «corrido» com as ordens e institutos religiosos,  os bens haviam sido expropriados, a Igreja circunscrevia-se à «Sacristia», para agravar tudo este clima a Republica foi obrigada a entrar numa Guerra, os favores pagam-se, se em África era a sobrevivência dos territórios ultramarinos, já o envido de tropas para campos da Flandres - o CEP - foi o que se pode dizer enviar «carne para canhão», tropas mal preparadas, uma guerra mal explicada, o resultado foi o conhecido, mortes, mortes e mais mortes.  É este o panorama das aparições, um Portugal fechado, rural, crente - é certo e o mais importante-, tivemos pois a sorte de Nossa Senhora escolher o nosso território para se manifestar e  «pedir» que rezássemos o Terço todos os dias, deixou também um legado - mistérios-, que já foram revelados desde o Papa que sob a sua protecção foi salvo num atentado - São João Paulo II, a conversão da Rússia e o fim da Grande Guerra, são as três grandes mensagens de Fátima.  

  Cenário : 

  - 1917 Portugal  rural, fechado, os crentes precisavam de ajuda.  Nossa Senhora de Fátima aparece neste contexto.
     -  Necessidade de afirmação dos Crentes fase novo regime. 
     - Portugal envolto na Grande Guerra 1914-1918.
     - Chegada ao poder do regime Comunista Marxista - Leninista na Rússia


 Mensagem :

     - Pacificação da guerra e protecção de Portugal 
     - Conversão da Rússia e do Leste Europeu
     - Protecção Evangélica do Papado
     - Devoção Evangélica à Nossa Senhora do Rosário 


  Aproveitamento: 

      - Perseguição aos Pastorinhos
      - Desprezo da Igreja  da época.
    -Com Estado Novo a «Mensagem » de Fátima será aproveitada; o contexto guerra a isso ajudou.
     - A visita de Paulo VI, aproxima a Igreja desta devoção popular. embora as posições deste Papa fase à guerra no Ultramar Português crie um clima de crispação com o Governo de Salazar.
     - Aproximação definitiva da Igreja com os milagres de Fátima acontece com a aurora da liberdade em que a conferência Episcopal estabelece a Sede em Fátima.
       - Hoje o Santuário é uma grande Cidade Religiosa, um pólo de Congregações, Institutos, Organizações todas ligadas á Igreja, é a grande Sede do Catolicismo em Portugal.



      Fátima é mais do que expressão de Fé, é pertença do povo,foi o povo crente que levou  Fátima ao Santuário Mariano mundial que é hoje, a Igreja unicamente deu expressão disso e tira proveito desta devoção popular.  De local culto, premonitório, Santuário altar do mundo. Hoje é comummente aceite que Fátima é local peregrinação, promessas, devoção, sacrifício. À volta de Fátima o Turismo religioso desenvolveu uma industria hoteleira com um peso enorme na economia local e regional, hoje já falamos no eixo  Leiria-Fátima, como região de turismo, portanto os interesses já estravazam muito para alem da mensagem pioneira de Fátima 

         Fátima hoje é já um «fenómeno à escala mundial», que o seu crescimento é sustentável desde que seja pensado, coordenado por todos os interessados; Igreja, Estado, Poder Local, Autoridades Policiais, Industria Hoteleira, cidadãos «peregrinos» que têm de ser ouvidos, pois as mortes que recorrentemente acontecem nas estradas a caminho de Fátima deve acabar. 

Soluções: 

- Criar caminhos oficiais onde a segurança de todos seja o principal,
- Regulação pontos de paragem, estadia, organização espaços, parques merendas, 
-Todas as autoridades envolvidas à cabeça  Igreja que não se pode limitar ao Santuário e sua gestão, tem de ser gestão integrada, muito para alem do religioso.


   Viver a mensagem de Fátima pela oração, mas dar condições de acesso ao templo, 2017 está ai à porta, muito há que fazer.


tenho dito 

Sérgio neves 

A liturgia deve ser simples, acolhedora e participada

Reflexão

                                     A liturgia deve ser simples, acolhedora e  participada

                                        


                  Em ano em que a Diocese dedica especial atenção à liturgia, fica aqui a minha humilde  contribuição.

   O concilio do Vaticano II  na sua reforma liturgia  propôs que a liturgia  horizontal, em vez da vertical que se vivia até aí,  na língua dos naturais, participada por consagrados e leigos. Simples, feita com dignidade.
    Ora o que se assiste em muitas Paroquias é que se exagera quer por defeito, quer por excesso, temos celebrações «dadas» a correr, por força muitas vezes por falta de Sacerdotes, com introdução de «ritos» que não fazem parte da liturgia, que se tornam ridículos - pois entendo que fazer algo exagerado, por omissão, vaidade, desconhecimento -, ou por excesso  quando uma Paroquia se esquece que é só uma Paroquia, guarde-se o fausto, adorno, para as sedes episcopais, para a Basílica de São Pedro, ou mesmo para as grandes celebrações.  
     Com certeza que vem nos «manuais» litúrgicos que se deve dar dignidade à celebração , mas uma Paroquia, Capela, é isso mesmo, guarde-se essa grandiosidade para esses espaços, ou então para momentos especiais.   É que quando se preocupam exclusivamente com adornos, e os fieis, não participam, retira brilho a Nosso Senhor, fico triste de ver que se criam robots litúrgicos, que se limitam a cumprir preceitos litúrgicos e não vivem o que fazem.  Cai-se no ritual,  pior ainda é que por saudosismo se introduz o latim de forma deliberada, é um afastamento da reforma litúrgica do Vaticano II , lá está mais uma situação que se quer ser mais «papista que o Papa».


disse 

sergio neves 

AS 5 MANIFESTAÇÕES DO MENINO JESUS

   REFLEXÃO,               

                                            AS 5 MANIFESTAÇÕES  DO MENINO JESUS


                   


                A religiosidade Cristã, leva a que as Igrejas do Oriente e Ocidente tenham diferentes modo de celebrar o Natal.
                Na tradição Oriental a Epifania do Senhor representa o dia maior do Natal  - pois celebra o nascimento, a visita dos Reis Magos, Baptismo e primeiro milagre de Jesus nas bodas de Canaã.  É como se fosse um todo na diversidade.
                Na tradição tradição Ocidental dividiu-se todas estas manifestações, Natal 25 Dezembro, Visita Reis a 6 Janeiro, Batismo do Senhor 6 dias depois, culminando nas Bodas de Canaã.
                Ora o que se perde nesta dispersão é o real valor, da vinda do Deus Menino,  termina-se o Tempo de Natal Batismo do Senhor, começando de seguida o Tempo Comum, ora deveria terminar com Bodas de Canaã, ficando assim espelhado toda a sequência do Natal.
                Mas o Deus Menino veio para nos salvar, mas também para edificar a Igreja do Espírito,  a comunidade fraterna, que ligada entre si obtem a salvação eterna, sou se salva em Comunidade.
                A grua de Belém na sua simplicidade , representa o que nós deve riamos ser despojados,  preparados para ajudar o outro e com o outro me salvar e obter indulgência plenária.


disse
sergio neves

Anjo de Portugal salvai-nos!

ACONTECIMENTOS,    

                                                             Anjo de Portugal salvai-nos!

                                                               

   
     Neste tempo de quaresma apelar ao Anjo de Portugal é mais que necessário, num pais que apesar valores seguros que nos têm agregado como Nação, há mais de 900 anos, parece que gostamos de experimentalismos perigosos, que nos diluem na mediocridade da nossa sociedade já a caminhar para o pós-capitalismo. 
      É triste ver  se perder valores, podemos até não  perceber todas as posições da Igreja e dos velhos costumes,  mas existe um fio condutor  solidariedade - caridade-, comunhão, esperança.  Estes valores seguros têm nos conduzido por isso é que os Portugueses se caracterizam por serem hospitaleiros, generosos, solidários, nostálgicos.     É verdade que em termos éticos e morais evoluímos, mas perdem-se tradições sendo a religião uma delas, o que tem agravado a situação.  
       Sem dramatismos, soube a Igreja «olhar os sinais dos tempos» sem dramas, hoje a defesa da família,  do seu bem-estar, dos direitos das mulheres, crianças, a violência domestica tudo é aflorado  - sem a presença de velhos costumes de opressão-.
        Mas o mal da sociedade está a montante, onde a corrupção, falta de ética profissional leva muitos e muitos portugueses a cometerem crimes, que ofendem a sociedade.
          Neste tempo de quaresma apelo ao Anjo de Portugal que nos proteja dos que tanto mal quer a Portugal, aos Portugueses, mas tambem entre Portugueses.


disse 

sergio neves                           

Fé e Religião

REFLEXÃO,

                                                                         Fé e Religião


                               



         Dois termos para a mesma expressão. Acreditar e testemunhar um Deus. 
         Mas então o que é a Fé, a meu ver é acreditar incondicionalmente num Deus, na sua  palavra, ação, começa por ser uma atracção pessoal, fruto de uma oração, meditação, dialogo estritamente pessoal, que pode ser cultivado por tradição, por atos culturais, religiosos.  É um acreditar sem ver, sem condições. 
         A Fé é algo que não se pode ficar pelo estritamente pessoal, tem de sair de si, ir ao encontro do outro e voltar a si, moldado, diferente, enriquecido.  Existem praticas, estudos, reflexões que me ajudam na Fé.  Daí que a Fé não sei algo mensurável, mas algo que oscila, pela pratica, reflexão e testemunho que se tenha ou não num dado momento, tempo e espaço.
       A Fé é intransmissível mas pode pelo testemunho, vivência influenciar outros, é um processo em crescendo, vivencial, inato em alguns dos casos, mas cresce, floresce, desperta-se ao longo de uma vida.
         A Fé tem de ter uma concretização pratica, consciente mas também omnisciente, uma Fé sem obras morre, não existe uma Fé pessoal, o que existe é uma pratica Fé dinâmica, em relação com Deus, com os outros e comigo mesmo. A Fé é interactiva, senão o for, não existe, morre. Fora disso reduz-se a uma «fezada». que é uma mera manifestação narcisista.  
           Já a Religião, tal como a palavra o releva é uma religação, religar, liga algo pessoal com o colectivo e o divino, transmite-se pela Palavra, pelo culto, pela oração sistemática, reflexão da doutrina. No caso Cristão pela vivência dos Sacramentos, que são atos perenes da presença, força de Deus em cada um dos crentes e dos crente em comunidade.  A Fé e a Religião contribuem de forma positiva, evolutiva para pratica religiosa, altiva, consciente,  testemunhal.  Produz uma direcção para a Felicidade. 
            Fé e Religião andam de mão dada, só se salva  pela comunidade, em assembleia, daí que para ir ao encontro dos outros , tenha de experimenta o Kerigma, esse episódio fundamental da presença do amor misericordioso de Deus com  cada um nós. 
             Num tempo de reflexão, introspecção, meditação, urge dar o salto, viver em função do próximo, do perdão. Colocar Deus na vida é o garante de Paz, Amor, Segurança.


disse 

sergio neves 

Papa Francisco em Auschwitz

ACONTECIMENTOS

                                                           Papa Francisco  em Auschwitz

                                    

                                        Entrada de Francisco em Auschwitz em Julho 2016

      O  Papa Francisco cumpre a sua missão de levar o Evangelho  a todo o lado, com Ele tudo ganha nova forma, mesmo que outros antecessores tenham feito o mesmo, no caso a pretexto da participação  nas JMJ  em Cracóvia na Polonia, Francisco visita o campo de Aushwitz.  É curioso isto porque  se nos lembrarmos de Bento XVI este também havia entrado sozinho, mas agora com Francisco tudo é exponenciado, lembrado de outra forma.  É o Papa dos media, tem boa imprensa direi.

                                                  
                                              Entrada de Bento XVI  em Auschwitz

       A visita de Bento XVI a  Auchwitz  também teve o seu simbolismo tratava-se ao fim de contas de um Alemão,  com altas responsabilidades  pastorais num local manchado de sangue pelos alemães, veja-se no entanto a diferença do tratamento da noticia.
       Em 2016 repete os passos do seu antecessor mas cada  momento tem gesto próprio, entra só, em silencio, só dirige palavras para os sobreviventes, visita a cela onde o mártir Maximiliano Kolbe  morreu de fome e sede, coloca vela no muro da morte
       Impressionante foi ouvir e ver o salmo 30  meditado por cristãos e judeus.
       Francisco relaciona deste modo os campos de concentração á tragedia que reina hoje com os refugiados da Siria e demais países em guerra.
         
                                     
     O silencio de Francisco é sinal de perdão, misericórdia, saber entender os outros, estar com quem sofre independentemente da sua cor de pele,  credo religioso e quanto baste.
     Francisco não pára de nos surpreender com os seus gestos de simplicidade, de afeto, repete os passos de outros no passado, reescreve textos e documentos da Igreja para que a todos chegue Alegria do Evangelho.
     Estamos perante um pastor que quer estar junto das suas ovelhas e com elas quer partilhar e viver as suas angustias.  O que diz é diferente do que Bento XVI e São  João Paulo II   dizia, não é que agora as pessoas estão despertas para o ouvir, porque Ele  fala para se perceber, percebe o que os crentes e não crentes querem e  precisam.

disse

sergio neves

O 562 -Cumpre-se no 4 º dia

ACONTECIMENTOS, 


                                                       O 562 -Cumpre-se no 4 º dia







     Um cursilho é sempre diferente,não é mais um, é único, uma experiência vivencial, de amizade, encontro consigo, com Deus/Jesus e com os outros. É sempre um ponto de partido, difícil de explicar para quem o faz pela primeira vez e para quem o repete como dirigente/orientador, não é um retiro, mas também não é encontro. Mas é tudo isso também.  A caminhada do Cursilho não se resume aos 3 dias, mas a todo o tempo de preparação, entrega, oração, convívio, partilha, espera, renuncia, ação, estudo.
       Não seu quem vai ler este post, mas estou certo que possa despertar o  interesse em querer fazer um dia um. Sendo que a exigência começa justamente no  Sim sincero que se dá, sem medos, mas sabendo que a preparação, abertura deve ser total, pois mexe connosco, com a nossa forma de estar na vida e de abdicar do nosso Eu, aterrorizado com alguma coisa menos boa na nossa vida.  É importante que todos estão aptos a realizar um cursilho, mas para viver um Cursilho tenho de me enquadrar com a Igreja Católica, com o Cristianismo e suas manifestações Sacramentais cá fora, porque depois lá dentro a mudança é possivel.
       Viver este 562  foi uma experiência de serviço, de cura também e estar em Graça, é uma oportunidade de ser melhor e mais pessoa.

De Colores 

disse 

sergio neves  

Eduardo Bonnin Aguilló - 100 anos - 4 Maio 1917-2017

acontecimentos
                                  Eduardo Bonnin Aguilló - 100 anos - 4 Maio 1917-2017


                                     


      Eduardo Bonnin homem da Acção Católica em Espanha, que percebeu desde muito cedo que tinha de conquistar os ambientes, cada metro quadrado para Cristo, que não bastava cumprir os  serviços mínimos de um Cristão, viver os Sacramentos e ir Missa 1 vez por semana, era preciso fermentar os ambientes, conquistar os ambientes  atravês da vertebração de Ideias, ir ao encontro dos que influenciam esses mesmos ambientes. Para isso tens de te encontrar contigo mesmo, com Deus e com os outros e isso é possivel vivendo uma vez a experiência de um Cursilho de Cristandade. 
     Eduardo Bonnin vivia os Movimento sempre em obediência á Igreja, á  Hierarquia, ao Bispo, sempre á luz do Evangelho.
       E tudo começou com uma preparação de jovens numa peregrinação a Santiago de Compostela, mas a visita á prisão de Maiorca com os Condenados , foi o episódio marcante.   Depois como em tudo os «Revolucionários» são ultrapassados pela própria historia, acontecimentos e o Movimento dos Cursilhos ganhou fronteiras, ou foi mais alem - Ultreia-, e está espalhado pelo mundo. Eduardo viveu sempre na sombra, não gostava de protagonismo, isso obtiveram quiçá outros, mas o grande «cérebro» do entraçado dos Cursilhos foi de Eduardo,  outros têm mérito  sem duvida Monsenhor Sebastian Gaya, entre outros,   os tripè de Bonnin  Cristo, Pessoa e a Amizade.
        Convido a todos os cursilhistas  a lerem a Biografia e o Pensamento deste grande génio, autodidacta. Mais que um movimento, criou massa fermentada para a seara do Senhor Cristo; a Igreja.

disse 



Sergio Neves